terça-feira, 21 de agosto de 2012

LOLO BARNABÉ

No tempo em que as pessoas moravam em cavernas existiu um homem muito criativo e inteligente chamado Lolo Barnabé.

Aos vinte anos, lolo casou-se com Brisa. Ela também era como ele, criativa e inteligente. Casaram-se por amor. Muito amor.
Depois da lua-de-mel, escolheram a melhor caverna da região para morar e, logo no primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé, também criativo e inteligente.

Todos ao dias, Lolo saía para caçar e colhe frutas. A noite, sentavam-se todos em volta da fogueira, assavam a carne, cantavam canções e agradeciam a Deus pela beleza da vida.

Eram muito felizes… mas nem tanto
A caverna era úmida.
Por essa razão, Lolo e Brisa acharam melhor construir uma casa no alto do moro.
Teriam mais conforto e poderiam viver melhor.
Lolo, que era muito habilidoso, fez uma casa linda, e a família, animada, mudou-se para lá. Brisa queria que a casa fosse amarela e lolo, que amava a esposa e lhe fazia todas as vontades, pintou a casa de amarelo.


O tempo passou e eles estavam felizes… mas nem tanto.
Brisa não gostava de vestir aquela pele de animal. Sentia frio.
Então eles tiveram a idéia de fazer roupas mais adequadas. E, como ela também era habilidosa, inventou o vestido.Ficou animada e, em seguida, inventou o sutiã, a calcinha, a cueca, a camisa, a calça, a bermuda e o pijama. E Lolo inventou sapatos que combinassem.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Brisa achou que faltava uma coisa e falou para Lolo:
- Amor, não podemos deixar nossas belas roupas pelo chão. Você não acha que poderíamos fazer assim uma especie de móvel para guardar a roupa?
Lolo achou que era uma excelente idéia, tudo ia ficar mais limpo, e inventou o guarda-roupa. Como era muito habilidoso, fez um grande armário de cerejeira, cheio de gavetas, portas e puxadores cromados.
Finfo adorou, já tinha um lugar para se esconder quando brincasse de esconde-esconde com o pai.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Lolo tinha feito uam bagunça danada para construir o armário e Brisa ficou irritada.
Lolo, então, para acalmar a mulher, inventou a vassoura e achou que era melhor já fazer uma oficina longe de casa para não atrapalhar a felicidade do lar. E fez.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
No lar havia problemas. Finfo acordava sempre com o pijama sujo depois de dormir no chão.
Brisa discutiu a questão com o Lolo e eles acharam que podiam construir uam espécie de coisa assim, de madeira, com quatro pés, macia por cima. Ia ser muito mais confortável e a vida deles ia melhorar.

Lolo pensou bastante, trabalhou muito e inventou a cama. Como todos sabem, Lolo era caprichoso, e já inventou a cama com colchão, cobertor e travesseiro.
Brisa ficou encantada, principalmente com o travesseiro, que era a coisa mais macia do mundo.
Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Como eles almoçavam e jantavam em cima da coisa macia, a cama, estavam sujando muito os lençóis.
Lolo, então, inventou a mesa.


Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Acharam muito desconfortável comer de pé.Lolo trabalhou bastante e inventou a cadeira. Muito confortável, muito confortável mesmo, bem melhor que comer em pé. Aproveitou para ficar sentado por mais de uam hora, pois ele estava cansado de tanto inventar e construir coisas, além decaçar e colher frutas é claro.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.Lolo e Brisa estavam achando que cozinhar na fogueira dava muito trabalho e eles não queriam trabalhar tanto. Se inventassem algo mais prático, teriam mais tempo para ficar juntos, se divertir e descansar. Inventaram, então, o fogão a gás.


Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Lavar a roupa lá no rio também era coisa dura. Brisa e Lolo queriam facilitar essa tarefa. Pensaram muito e inventaram a água encanada e o tanque. E, já que tinham inventado a água encanda, inventaram logo o banheiro para não ter que ir no mato, a noite, no frio.
Deu trabalho, Lolo já trabalhava oito horas por dia, inventando e construindo coisas e, apesar do cansaço, o resultado compensava.
O banheiro ficou maravilhoso.
Fizeram uma festa com o sabonete, o xampu, o condicionador, o creme hidratante, a esponja de banho, o talco, o papel higiênico, o perfume, o mercurocromo, o algodão, a gaze, o esparadrapo, o cotonete, etc…
Lolo adorou o creme, a lamina de barbear, a loção pós-braba, o barbeador elétrico, o desodorante, etc…
Ficaram encantados com a escova de dentes, o creme dental, o protetor solar, o colírio, etc….
Divertiram-se muito com o pente, a escova, o grampo, o secador de cabelo, etc….
E enlouqueceram de alegria com o espelho.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Lolo tinha tanto trabalho e passava tantas horas por dia fora de casa, inventando coisas para dar conforto e facilitar a vida, que ficava estressado e com saudades do filho, que sempre estava dormindo quando ele chegava. Então Lolo inventou o tlefone, para que lês pudessem se falar diversas vezes por dia.
Todos ficaram felizes…. mas nem tanto.Pelo telefone não dava para abraçar, nem beijar. Então tiveram a idéia de Brisa ajuadá-lo na oficina, assim Lolo poderia chegar mais cedo do trabalho para abraçar e beijar o filho.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Brisa e Lolo, a noite, quando chegaram do trabalho, depois de abraçar e beijar o filho Finfo, ainda tinham que lavar a louça, a roupa, fazer o jantar, passar pano no chão e ficavam cansados, irritados, briguentos e enjoados de fazer todos os dias aquilo tudo. Naquele tempo ainda não tinham inventado a pizza delivery.

Acharam que a solução era facilitar as tarefas. Pensaram tanto que quase fritaram o cérebro quando inventaram, de uam so vez: o liquidificador, a batedeira a centyrifuga, a cafeteira, o espremedor, a garrafa térmica, etc…
O microondas, a torradeira, a sanduicheira, etc…
A maquina de lavar roupa, o sabão em pó, o detergente, o amaciante, o alvejante, o desinfetante, etc…
A geladeira, o freezer, a despensa, etc…
A maquina de lavar louça, a secadora, o balde, o esfregão, a lata de lixo, etc…
O carpete, o aspirador de pó, o tira-manchas, etc…
E, finalmente, inventaram o fim de semana, que ninguém é de ferro.

Todos ficaram felizes…. mas nem tanto.
Sempre tinha algum aparelho que encrencava e isso era dor de cabeça danada.
Eles tinham que levar para a oficina para consertar e, como já estavam acostumados com o conforto, ficavam extremamente irritados e impacientes de fazer as coisas na mão. Coisinhas como lavar a louça, a roupa, bater ovos….

Além do mais, a família Barnabé, agora era chique.
Lolo, Brisa e Finfo passaram a achar importante estarem sempre bonitos e elegantes. Não queriam mais andar de qualquer jeito, com a roupa amarrotada.
Não ficava bem.
Lolo inventou, então, o ferro de passar.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Dava um trabalho danado passar a roupa. E Brisa não tinha mais tempo, afinal ela trabalhava fora.
E Lolo, dessa vez, não se sabe por que, não conseguiu inventar uma máquina de passar roupa. Deve ter dado um tilt nas idéias dele.

Mas é compreensível, porque, afinal, ele também era humano e as vezes falhava.
Lolo ficou muito depremido e pensativo, mas a mulher foi compreensiva e arranjou uma solução: chamou sua prima para vir todos os dias passar a roupa.
Era uma ótima idéia, porque ela poderia fazer também as outras coisas na oficina.

A prima queria alguma recompensa por trabalhar na casa e então inventaram o dinheiro e deram para ela um salário. Como era pouquinho, chamaram de salário mínimo.
Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Finfo ficava sozinho o dia inteiro sem mãe nem o pai por perto. Sentia-se infeliz, não tinha com quem brincar, já que a prima de brisa também so ficava cuidando da casa.Então lolo e brisa inventaram a televisão, o sofá e o controle remoto.

Todos ficaram felizes… mas nem tanto.
Eles chegavam a noite tão cansados do trabalho e o Finfo querendo brincar e eles querendo descansar que acabavam brigando. Depois, também, cansados de brigar, sentavam-se todos na frente da televisão e ficavam hipnotizados e mudos como sacos de batata.
A família Barnabé sentia que aquilo não estavam bom.



Havia alguma coisa errada naquela historia, mas ra difícil, entender o que é que estava errado.
A situação parecia um grande nó.
Lolo e Brisa pensaram logo em inventar mais alguma coisa, mas pela primeira vez bao sabiam o que fazer. E, na verdade, pela primeira vez também perceberam que não era o caso de inventar mais nada.



Então eles foram para o quintal, acenderam uma fogueira e sentaram-se em volta dela, muito tristes buscando uma saída.
Olhando para o fogo, entenderam que eles mesmos tinham criado aquela situação.
Era uma armadilha.
Ficaram muito infelizes… mas nem tanto.
Lolo contou uma historia e Finfo contou outra. Brisa entoou uma canção e lembrou-se de fazer algo que havia muito tempo não fazia: agradecer a Deus pela beleza da vida.
Finalmente entenderam que, se eles mesmos tinham feito aquela armadilha, eles mesmos poderiam desfaze-la.
Eles eram bem criativos e inteligentes.

5 comentários:

  1. Esses dois... rsrs
    Agora já sei de quem é a culpa de tudo!!! kkkk
    Gostei querida, bjs!

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  2. Adriana... Dá uma olhadinha!

    http://profkathiabazoni.blogspot.com.br/2012/02/verificacao-de-palavras.html

    É com muito carinho, ok? Bjs!!!

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  3. Seu cantinho é um encanto e até levei teu selinho para divulgar no meu. Quando puder passa no meu blog para conhecer, faço poesias para criança. Um abraço e felicidades.
    mundinhodosverso.blogspot.com.br

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  4. corrigindo: mundinhodosversos.blogspot.com.br

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  5. olá Adriana! passando para agradecer a visita .tem selinho no cantinho dos pequeninos para você.bjss!!

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